Uma equipe internacional de cientistas analisou dados de diversas fontes e descobriu que a galáxia da Pequena Nuvem de Magalhães, que é um dos satélites da nossa galáxia, a Via Láctea, inclui duas estruturas diferentes que diferem na composição química. Estes são provavelmente os restos de duas galáxias antigas que colidiram.

Pequena Nuvem de Magalhães. Fonte da imagem: wikipedia.org

As estrelas nessas estruturas possuem diferentes concentrações de elementos pesados, e também existem diferenças na composição das nuvens moleculares. A razão mais provável para tais diferenças é uma colisão de duas galáxias antigas, mas não pode ser descartado um cenário em que a Pequena Nuvem de Magalhães foi dividida em duas partes devido à influência gravitacional da galáxia da Grande Nuvem de Magalhães.

Os dados que permitiram aos cientistas chegar a essas conclusões foram coletados por meio do radiotelescópio GASKAP-Hi localizado na Austrália, que serve de protótipo para o promissor radiotelescópio SKA – será o maior do mundo. GASKAP-Hi permite encontrar e estudar a estrutura de nuvens neutras de hidrogênio. Seus aglomerados na Pequena Nuvem de Magalhães há muito interessam aos cientistas, porque as estrelas desta galáxia contêm muito poucos metais no sentido astronômico – elementos mais pesados ​​que o hidrogênio e o hélio.

Aos dados do GASKAP-Hi, os pesquisadores adicionaram informações do telescópio orbital GAIA e do projeto de pesquisa infravermelha APOGEE. Depois de analisar todos estes dados, os cientistas descobriram que a Pequena Nuvem de Magalhães contém duas estruturas separadas que diferem na composição química e nas propriedades das populações estelares nestas regiões. Agora os cientistas têm de encontrar uma resposta para a questão de qual dos dois cenários é mais plausível: uma colisão de duas galáxias antigas ou a influência gravitacional de uma galáxia vizinha maior – a Grande Nuvem de Magalhães.

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