Um objeto anteriormente desconhecido emitindo pulsos periódicos de energia foi descoberto por Tyrone O’Doherty, estudante de doutorado na Curtin University, na Austrália Ocidental, em 2020. Inicialmente, pouca atenção foi dada a ele, mas após um exame mais detalhado, descobriu-se que o objeto produz uma poderosa explosão de energia com duração de 60 segundos a cada 18 minutos. Os detalhes do estudo dos cientistas foram publicados na revista Nature.

Localização de um objeto pulsante desconhecido na Via Láctea / Fonte da imagem: tjournal.ru

No processo de observações, um objeto pulsante com um forte campo magnético desaparecia periodicamente do campo de visão, mas retornava depois de um tempo, tornando-se a fonte de rádio mais brilhante do céu da Terra. “Foi muito inesperado e assustador, porque os astrônomos nunca viram nada parecido no céu”, comentou Natasha Hurley-Walker, astrofísica do Centro Internacional de Pesquisa em Radioastronomia, sobre esta questão.

Os cientistas frequentemente observam fontes transitórias que mudam de brilho e desaparecem de vista, mas a singularidade desse objeto é que ele está em um estado ativo de liberação de energia por um minuto inteiro. Os cientistas observam que nunca viram tais objetos antes. “Não achávamos que isso fosse possível, mas é um fato e indica que alguns processos extremos estão ocorrendo no espaço”, diz Harley-Walker.

De acordo com os dados disponíveis, um objeto desconhecido emite pulsos de rádio de forma inconsistente. Os cientistas descobriram que a radiação do objeto é polarizada em 90%, o que indica a presença de um campo magnético forte e ordenado. As repetições indicam que o objeto está girando. Isso caracteriza pulsares e magnetares. No entanto, o objeto detectado gira por muito tempo, já que o período de rotação de um pulsar é geralmente de cerca de 2 segundos e um magnetar é de mais de 10 segundos. Supõe-se que os cientistas descobriram um magnetar com um período de rotação ultra-longo. Até agora, isso é apenas uma hipótese, uma vez que tais objetos não foram observados antes.

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