Na última terça-feira, a União Europeia assinou um acordo com os Estados Unidos que fornecerá medidas de segurança para o lançamento de satélites Galileo utilizando os foguetes Falcon 9 da SpaceX. O contrato prevê dois lançamentos de satélites Galileo pesando cerca de 700 kg cada.
O lançamento das duas primeiras espaçonaves deverá ocorrer na segunda quinzena de abril. Os próximos dois serão colocados em órbita a uma altitude de 22 mil km em julho, escreve o POLITICO, citando Thierry Breton, Comissário da UE para o Mercado Interno.
A UE foi obrigada a recorrer aos serviços de uma empresa americana pela falta de progressos na criação do Ariane 6, que deveria ter entrado em funcionamento há quatro anos. Além disso, a Agência Espacial Europeia (ESA) cessou a sua cooperação com a Roscosmos, que anteriormente tinha lançado os seus satélites utilizando foguetes Soyuz modificados a partir do cosmódromo da Guiana Francesa.
Ao abrigo do acordo entre governos, o pessoal da UE e da ESA terá acesso à plataforma de lançamento da Florida a qualquer momento e será o primeiro a recuperar os destroços no caso de falha da missão. Note-se também que a UE tem o direito de enviar guardas para proteger o seu equipamento. Esta é a primeira vez que os satélites Galileo, utilizados para fins civis e militares, serão enviados para fora do território europeu.
Devido aos custos gerais adicionais associados à missão de segurança nacional, a União Europeia concordou em pagar 180 milhões de euros pelos dois lançamentos, cerca de 30% superior à taxa padrão de lançamento do Falcon 9 de 67 milhões de dólares.
Para dissipar as preocupações de alguns países, especialmente a França, de que os foguetes SpaceX continuarão a ser usados para lançar carga europeia ao espaço em vez do Ariane, o acordo foi concluído por um período até 2027 inclusive.
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