A sonda lunar Chang’e 6 da China pousou no outro lado da Lua na manhã de domingo em uma missão histórica para coletar amostras de solo da área. O pouso lunar bem-sucedido foi anunciado pela Administração Espacial Nacional da China (CNSA).

Com a ajuda do satélite retransmissor Queqiao-2, os módulos combinados de pouso e decolagem do Chang’e-6 pousaram com segurança em uma área pré-selecionada – a Bacia Apollo, localizada dentro da Bacia Pólo Sul-Aitken. A escolha baseou-se no valor científico da área e nas condições adequadas para comunicação e controle remoto, bem como no terreno relativamente plano, disse Huang Chao, especialista da Corporação de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da China (CASC). Huang Hao observou que o terreno no lado oculto da Lua é mais acidentado do que no lado visível, com menos áreas planas. No entanto, a Bacia Apollo é relativamente plana, tornando-a mais adequada para o plantio.

Após o pouso, a Chang’e 6 coletará amostras de solo lunar por dois dias, usando uma broca para amostrar camadas subterrâneas e um braço robótico para coletar amostras da superfície. Observa-se que a equipe de desenvolvimento do Chang’e-6 construiu um laboratório para realizar simulações e garantir um processo tranquilo de coleta de amostras.

A equipe criará uma réplica em escala real da área de coleta de amostras com base nos dados da Chang’e 6 sobre o ambiente, as rochas circundantes e as condições do solo ao redor do local de pouso. Através desta simulação, estratégias de coleta de amostras e técnicas de controle de equipamentos serão desenvolvidas e testadas para garantir operações precisas.

Para se comunicar com o dispositivo do outro lado da Lua, é usado o satélite retransmissor Queqiao-2, que foi lançado antecipadamente. Porém, devido às obstruções criadas pela Lua, a janela de comunicação é mais curta do que no lado visível. Portanto, a Chang’e 6 terá aproximadamente 14 horas para coletar amostras. Para efeito de comparação, a espaçonave Chang’e-5 no lado visível da Lua teve cerca de 22 horas.

Para aumentar a eficiência e economizar tempo, o processo de coleta de amostras ficou mais inteligente. O Chang’e 6 é capaz de executar comandos e fazer avaliações de forma autônoma, reduzindo a necessidade de interações frequentes entre a Terra e a Lua, explicou a CNSA. Por exemplo, após enviar um comando do centro de controle de solo, a sonda executará o programa apropriado, utilizando dados do sensor em tempo real para avaliar se a execução foi correta. Cerca de 1.000 instruções foram enviadas durante a missão Chang’e 5. Com o Chang’e 6, o número deverá cair para cerca de 400.

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