O planeta anão Ceres formou-se no sistema solar exterior e depois moveu-se para a cintura de asteróides, provavelmente sob a influência da poderosa gravidade de Júpiter. Esta conclusão foi alcançada por cientistas da Universidade Estadual de São Paulo no Brasil após a realização de simulações de computador.
Fonte da imagem: NASA
Os cientistas concordaram anteriormente que há algo em Ceres que não corresponde à sua localização no sistema solar. O planeta anão tem cerca de 1000 km de diâmetro e é atualmente o maior objeto do cinturão de asteroides, região entre as órbitas de Marte e Júpiter, onde muitos asteroides se acumularam, principalmente com diâmetro de dezenas a centenas de metros.
Ao contrário dos asteróides vizinhos, muitos dos quais têm uma forma bizarra, o Ceres redondo não é desprovido de compostos químicos incomuns para asteróides, como a amônia. Os cientistas há muito assumem que Ceres não se formou no cinturão de asteróides, mas se mudou para este lugar durante sua existência. Uma nova simulação de computador confirma isso.
«Propusemos um cenário que explica por que Ceres é tão diferente dos asteroides vizinhos. Nesse cenário, Ceres começou a se formar em uma órbita muito além de Saturno, onde havia muita amônia. Durante o estágio de crescimento do planeta gigante, ele foi atraído para o cinturão de asteroides como um migrante do sistema solar externo e existe há 4,5 bilhões de anos até hoje”, disse Rafael Ribeiro de Sousa, um dos autores do estudo atual. . .
Embora a amônia não seja normalmente encontrada em asteroides, ela é frequentemente encontrada em cometas e outros objetos que se formam em partes muito mais frias do sistema solar. A cauda de um cometa é formada à medida que se aproxima do Sol, à medida que o gelo começa a derreter devido ao aumento da temperatura. Algo semelhante acontece com Ceres, que é o único objeto no cinturão de asteroides com uma fina atmosfera de água em evaporação e gelo de amônia.
Assumindo que Ceres se formou no mesmo local onde os cometas se originam, surge a questão sobre a força que o moveu para o cinturão de asteróides. Os cientistas acreditam que a poderosa gravidade do gigante gasoso Júpiter, que foi a principal força durante a formação do sistema solar há 4,5 bilhões de anos, é a chave para responder a essa pergunta.
«Nossas simulações mostraram que o estágio de formação de planetas gigantes foi muito turbulento e incluiu colisões dos precursores de Urano e Netuno, e também foi acompanhado pela ejeção de planetas do sistema solar e até a invasão da região interna de planetas com massa maior três vezes a massa da Terra. Além disso, uma forte perturbação gravitacional espalhou objetos semelhantes a Ceres por toda parte. Alguns deles podem muito bem chegar ao cinturão de asteroides e adquirir órbitas estáveis que lhes permitam sobreviver a outros eventos”, disse Ribeiro de Souza.
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