A SoftBank Corporation, de acordo com uma publicação estrangeira autorizada, contou com investimentos das autoridades russas para formar não apenas o fundo Vision 2 com um valor total de ativos de 08 bilhões, mas também resolver uma questão territorial que é importante para o Japão. As negociações estão em um impasse.
Segundo o The Financial Times, não foi possível atrair fundos estatais russos para esse fundo, mas o chefe do Fundo Russo de Investimento Direto, Kirill Dmitriev, disse em entrevista ao jornal que as negociações com o SoftBank continuavam. É verdade que agora o objetivo é investir conjuntamente os fundos do fundo russo e da empresa japonesa nos ativos de empresas russas no setor de tecnologia. Representantes do SoftBank negaram sua participação em quaisquer negociações com um fundo de investimento russo.
O fundo de investimento Vision fundado pela SoftBank nos primeiros estágios recebeu 60% dos fundos das autoridades da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, mas agora, devido a problemas financeiros, é forçado a vender ativos no valor de 1 bilhão para quitar dívidas e recomprar ações. Entre outras coisas, no contexto dessa atividade, os boatos sobre as intenções da SoftBank de encontrar novos proprietários para a holding britânica Arm, envolvida no desenvolvimento de arquiteturas de processadores, reviveram.
Para o seu segundo fundo Vision, a corporação japonesa procurava fundos de outras fontes, entre elas até as estruturas do Banco Nacional da República do Cazaquistão. É geralmente aceito que a empresa japonesa SoftBank tentou encontrar pontos de contato com as estruturas governamentais da Rússia em 2016, esperando que, em troca de investimentos na economia russa, ganhasse favor na resolução da questão dos chamados “territórios do norte” – a parte das Ilhas Curilas para a qual o Japão reivindicações desde o final da Segunda Guerra Mundial.
As emendas à Constituição da Federação Russa adotadas como resultado do referendo russo acabaram com o progresso nesta questão para o lado japonês, por isso não se pode descartar que o SoftBank prefere ocultar seu interesse em investir em ativos russos para preservar sua reputação. A situação é agravada pelo fato de que a ameaça de sanções americanas paira sobre os parceiros das estruturas de investimento russas; portanto, essas negociações não são anunciadas pelo lado estrangeiro.