As operadoras de telecomunicações MTS, MegaFon e VimpelCom enviaram cartas à administração presidencial, ao Ministério da Justiça, ao Ministério das Finanças, ao Ministério da Economia, ao Serviço Federal de Antimonopólio e ao Comitê Estadual de Política de Informação da Duma com um aviso de que as perdas com a adoção do projeto de lei sobre identificação remota de assinantes chegarão a 10 bilhões de rublos anualmente para cada empresa. Isso foi relatado pelo Kommersant com referência às cópias das cartas acima, cuja autenticidade foi confirmada pelas empresas.
Estamos falando de um projeto que foi apresentado à Duma pelo deputado Maxim Kudryavtsev. No âmbito desta lei, propõe-se a utilização do sistema biométrico unificado (EBS) da Rostelecom para a identificação de assinantes, inclusive na conexão de cartões SIM virtuais eSIM. A apreciação do projeto em primeira leitura está prevista para 9 de dezembro.
A utilização do EBS permitirá a celebração de contratos à distância com os operadores de telecomunicações utilizando uma assinatura eletrónica qualificada ou convencional. Porém, para obter a chave de uma assinatura eletrônica, o assinante deve comparecer pessoalmente, bem como a identificação do passe no EBS.
De acordo com as operadoras de telecomunicações, essa abordagem piorará a experiência do cliente e estimulará a venda de cartões SIM cinza. Além disso, será impossível prestar serviços aos cidadãos dos países da União Econômica da Eurásia que trabalham na Rússia, uma vez que não podem se registrar no portal de serviços públicos. A carta das operadoras informa que a adoção do referido projeto de lei tornará o desenvolvimento do eSIM impraticável, uma vez que a tecnologia ficará dependente do EBS.
As empresas insistem na necessidade de preservar a possibilidade de utilização de sistemas próprios de identificação através de uma simples assinatura eletrónica através do portal de serviços públicos. A fonte lembra que as propostas dos deputados também ameaçam bloquear aparelhos com IMEI duplicado, cuja participação chega atualmente a 7% nas redes das operadoras de telecomunicações.