Mudanças em larga escala na esfera do comércio internacional, provocadas pelas ações das autoridades norte-americanas, estão forçando os governos de outros países a fornecer medidas para apoiar suas economias nacionais. A Coreia do Sul aumentou o tamanho dos subsídios alocados para apoiar a indústria de semicondutores do país em quase um quarto, para US$ 23,25 bilhões.

Fonte da imagem: Samsung Electronics

Pelo menos esse é o valor que será discutido neste ano, conforme relata a Reuters. Por um lado, a indústria de semicondutores sistemicamente importante da Coreia do Sul está sendo prejudicada por taxas de importação e controles de exportação dos EUA. Por outro lado, os fabricantes coreanos estão sendo pressionados pelos concorrentes chineses, que estão se desenvolvendo a passos largos.

Além dos US$ 23,25 bilhões em subsídios não reembolsáveis, os fabricantes de chips sul-coreanos terão acesso a uma linha de crédito preferencial no valor de cerca de US$ 14 bilhões, que também foi aumentada em quase 18% em comparação ao ano passado. A Coreia do Sul abriga dois dos maiores fabricantes de memória do mundo, a Samsung Electronics e a SK Hynix, sendo que esta última se tornou recentemente a maior líder mundial em receita de DRAM devido ao seu domínio no mercado de HBM.

No ano passado, os produtos semicondutores representaram 21% de todas as exportações sul-coreanas, atingindo US$ 141,9 bilhões. Ao mesmo tempo, US$ 46,6 bilhões em produtos foram enviados para a China, enquanto os Estados Unidos ficaram limitados a US$ 10,7 bilhões, mas esse desequilíbrio pode ser facilmente explicado pela concentração da produção na China. As autoridades sul-coreanas já expressaram sua disposição de cooperar ativamente com a investigação dos EUA, que visa identificar vulnerabilidades na cadeia de fornecimento de semicondutores sob uma perspectiva de segurança nacional. Na semana passada, a Coreia do Sul anunciou um pacote de medidas de apoio emergencial para a indústria automobilística nacional, já que esse tipo de produto também sofrerá com a introdução de taxas de importação mais altas nos Estados Unidos. Entre outras coisas, são fornecidos subsídios para estimular a demanda por veículos na Coreia do Sul.

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