Até o outono passado, Tesla era um participante regular nas investigações da agência NHTSA, responsável pela segurança rodoviária nos Estados Unidos, mas o caso de um protótipo do Cruise atropelando um pedestre obrigou as autoridades a monitorar de perto os incidentes nesta área e, portanto, até mesmo mais investigações foram lançadas contra Waymo.
A empresa americana Waymo, que faz parte da holding Alphabet em conjunto com o Google, é um dos players mais experientes no mercado americano de sistemas de piloto automático, já que realiza seus testes há muito tempo e de forma ativa. De acordo com a Bloomberg, a NHTSA notificou esta semana a Waymo que precisava investigar mais nove incidentes envolvendo os protótipos autônomos da empresa, nos quais eles se envolveram em um acidente ou violaram gravemente as regras de trânsito. Novos incidentes foram adicionados aos já sob investigação como parte do processo original lançado em 13 de maio deste ano.
Tal como agora foi esclarecido, em 17 casos, os protótipos de táxis autónomos da Waymo colidiram com objetos estacionários, incluindo cercas, portões e carros estacionados. Em cinco casos, os protótipos cometeram violações graves das regras de trânsito, como dirigir em sentido contrário quando havia outros veículos nele. A agência manifestou preocupação com o facto de os veículos equipados com sistemas automáticos de assistência ao condutor apresentarem um comportamento imprevisível que aumenta o risco de colisões, bem como de danos materiais e à saúde.
Vale acrescentar que a NHTSA está agora investigando o comportamento anômalo de veículos guiados automaticamente e de outras marcas. Nesse contexto aparecem Tesla, Cruise (General Motors), BlueCruise (Ford Motor) e Zoox (Amazon). Recentemente, soube-se que uma mulher ferida no início de outubro do ano passado em consequência de uma colisão com um protótipo do Cruise em São Francisco recebeu alta do hospital após um longo tratamento e concordou em receber uma compensação financeira da empresa no valor de US$ 8 milhões.