Mesmo o ambicioso Elon Musk admitiu repetidamente que a implementação do piloto automático completo nos veículos elétricos da Tesla provou ser um desafio maior na prática do que se pensava inicialmente. Até o final deste ano, o número de usuários da versão beta do complexo FSD na América do Norte deveria crescer para 1 milhão de pessoas, mas apenas 285.000 deles pagaram por essa opção de uso permanente.
Refira-se, como explica a Electrek, que nas estatísticas oficiais estamos a falar do número de clientes da Tesla que pagaram pela opção em toda a história da presença desta oferta no mercado norte-americano. O custo da opção tem subido constantemente e agora chegou a US$ 15.000, mas ainda é difícil avaliar como isso afetou a disposição dos clientes em comprá-la. Mesmo se assumirmos que o preço médio de venda foi de US$ 8.000, durante todo esse tempo a Tesla poderia ganhar pelo menos US$ 2 bilhões fornecendo FSD aos clientes.
Segundo a fonte, cerca de 1,5 milhão de veículos elétricos Tesla foram vendidos na América do Norte até agora, tecnicamente capazes de funcionar com o complexo FSD. De fato, quase um em cada cinco clientes da empresa na região adquiriu, em um estágio ou outro, o direito de usar o FSD em bases comerciais. Para uma opção que não é a mais barata, que continua melhorando e ainda está longe do ideal em termos de confiabilidade, esse é um valor bastante alto. Recorde-se que inicialmente a Tesla prometeu implementar autonomia total de controlo em todos os veículos elétricos da marca produzidos desde 2016, mas na verdade os proprietários de automóveis tiveram de mudar o computador de bordo nos automóveis dos primeiros períodos de produção – por vezes às suas próprias custas, se tratava-se de obter acesso à opção por assinatura.