Os táxis autônomos da Waymo, que circulam pelas ruas de algumas cidades americanas, frequentemente encontram dificuldades inesperadas que exigem intervenção humana. O recente apagão em São Francisco demonstrou o quão vulnerável essa tecnologia pode ser.

Fonte da imagem: Waymo

Durante o recente apagão em massa em São Francisco, muitos robotáxis da Waymo ficaram parados em cruzamentos porque seus sistemas demoraram muito para interpretar corretamente os semáforos com defeito. Isso causou congestionamento significativo na cidade. O porta-voz da empresa, Ethan Teicher, explicou que o software trata esses cruzamentos como cruzamentos de quatro vias, mas o grande número de solicitações simultâneas de assistência de operadores remotos sobrecarregou o sistema.

De acordo com o The Washington Post, as autoridades municipais reagiram duramente: Bilal Mahmood, membro do Conselho de Supervisores de São Francisco, classificou tais interrupções como “perigosas e inaceitáveis” e solicitou uma audiência sobre as operações da Waymo. Especialistas, por sua vez, observam que o modelo atual de gerenciamento de frota exige recursos humanos significativos. Philip Koopman, ex-professor da Carnegie Mellon que estuda carros autônomos há quase 30 anos, afirmou que pagar pessoas para trancar portas e rebocar carros parados é “caro” para a Waymo, e que a empresa precisa minimizar esses incidentes.

O sistema de carros autônomos da Waymo também pode apresentar falhas se um passageiro deixar uma porta entreaberta ou se a bateria do carro acabar antes de chegar a uma estação de recarga. Para solucionar esses problemas, a empresa utiliza o aplicativo Honk, que contrata pessoas dispostas a trancar portas por US$ 20 a US$ 25, ou proprietários de guinchos dispostos a rebocar veículos por US$ 80. Enquanto isso, a Alpha Towing and Recovery sofreu uma recente interrupção no serviço.São Francisco rejeitou os pedidos da Waymo para rebocar seus veículos devido à baixa taxa — US$ 80 em vez dos US$ 250 padrão.

Cesar Marenco, proprietário da Milagro Towing, uma empresa familiar de reboque em Inglewood, disse que realiza até três desses serviços por semana. Ele explicou que o erro humano é inevitável quando não há motorista no carro para orientar. Casos de pessoas ajudando táxis autônomos não são incomuns. Recentemente, em Los Angeles, um pedestre ajudou um robotáxi da Waymo a fechar a porta traseira depois que o carro não detectou que ela estava fechada.

A porta-voz da Waymo, Katherine Barna, afirmou que esses incidentes são raros e que a empresa está constantemente trabalhando para aprimorar o processo de embarque e desembarque de passageiros. Ela acrescentou que a Waymo usa sistemas de GPS de backup para determinar a localização com precisão. Ao mesmo tempo, o economista Keith Chen, ex-Uber, sugeriu que a Waymo poderia reduzir custos recrutando motoristas da Uber ou da Lyft para auxiliar os robotáxis ou implementando um recurso em seu aplicativo que incentive os passageiros a fechar as portas dos carros próximos.

Enquanto isso, a Waymo está testando veículos de nova geração em São Francisco, desenvolvidos especialmente para ela pela empresa chinesa Zeekr. Suas portas, no estilo minivan, podem abrir e fechar automaticamente usando motores elétricos.

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