A startup alemã Lilium, que desenvolveu aeronaves elétricas de decolagem e pouso vertical (VTOL), anunciou oficialmente que encerrará suas operações. A startup, que em 10 anos atraiu investimentos no valor de mais de mil milhões de dólares e abriu o capital, não conseguiu encontrar financiamento e saiu da insolvência. Como resultado, cerca de 1.000 funcionários perderam o emprego.

Fonte da imagem: lilium.com

Segundo o TechCrunch, Gründerszene foi o primeiro a reportar o encerramento das atividades da empresa. O CEO da Lilium, Patrick Nathen, confirmou esta informação em uma postagem no LinkedIn. “Depois de 10 anos e 10 meses, a Lilium encerrou as operações. A empresa que fundei com Daniel, Sebastian e Matthias não consegue mais realizar o nosso sonho comum de uma aviação mais verde. Isso é comovente, especialmente dada a ironia do momento”, escreveu Nathen.

As demissões afetaram quase todos os funcionários da empresa. Dias antes da paralisação total, a Lilium já havia demitido cerca de 200 trabalhadores, de acordo com um documento regulatório de 16 de dezembro. Por sua vez, um representante da empresa recusou-se a comentar detalhadamente, observando apenas que “a empresa fornecerá detalhes o mais breve possível”.

Fonte da imagem: lilium.com

Lembremos que a Lilium desenvolveu aeronaves elétricas de decolagem e pouso verticais capazes de atingir velocidades de até 100 km/h. A startup atraiu ativamente investidores, incluindo a empresa chinesa Tencent, e concluiu grandes contratos, incluindo um pedido de 100 aeronaves elétricas da Arábia Saudita. Em 2021, a Lilium abriu o capital na bolsa Nasdaq por meio de uma fusão com a SPAC Qell. No entanto, apesar dos sucessos alcançados, incluindo a criação de um protótipo em tamanho real, a questão da produção em massa não se colocou.

Em outubro, a Lilium anunciou a sua intenção de declarar insolvência depois de não ter conseguido obter financiamento de emergência do governo alemão. No âmbito do processo de falência, a empresa perdeu o controlo das suas divisões, incluindo a Lilium eAircraft, e a empresa de auditoria KPMG assumiu a venda dos activos. Assim, uma startup promissora que se afirmava líder na área da aviação elétrica não conseguiu superar as dificuldades financeiras e foi forçada a encerrar as operações.

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