A situação difícil da montadora Nissan Motor foi relatada mais de uma vez, até mesmo em materiais indiretamente relacionados a notícias da indústria automobilística. O último ano fiscal deve ser um recorde para a marca japonesa em termos de prejuízos líquidos e, no atual, a empresa tentará sair da crise por meio de entregas de exportação de veículos elétricos montados na China.

Fonte da imagem: Nissan Motor
A Nissan Motor ainda não divulgou seus resultados oficiais para o ano fiscal encerrado em março, mas relatórios preliminares no site da Bloomberg sugerem que as perdas líquidas podem atingir o recorde de US$ 5,3 bilhões, embora a receita tenha acabado sendo um pouco maior do que o esperado, em US$ 88,5 bilhões. O lucro operacional atingiu US$ 597 milhões, então, por enquanto, só podemos falar que os negócios gerais da empresa não são lucrativos. O próximo ano fiscal não traz boas notícias para a Nissan, já que a empresa terá que pagar US$ 5,6 bilhões em dívidas.
A Nissan é forçada a vender seus produtos com descontos em meio à alta concorrência no maior mercado automobilístico do planeta, que é a China. No entanto, um dos pontos do plano de resgate empresarial envolve organizar a produção de veículos elétricos na China com sua posterior exportação para outros países. Na maior exposição de automóveis que acontece em Xangai atualmente, a Nissan apresentou dois novos produtos com motores elétricos de tração: o sedã elétrico N7 foi desenvolvido em cooperação com a Dongfeng, e a picape híbrida plug-in Frontier Pro foi criada com a participação da subsidiária Zhengzhou Nissan. Até o verão de 2027, a Nissan pretende lançar 10 novos modelos que serão híbridos ou veículos totalmente elétricos. No próximo ano, a Nissan pretende aumentar significativamente a exportação de seus produtos da China.
Será dada especial atenção ao desenvolvimento de sistemas de assistência ativa ao condutor e, nesta área, a Nissan também contará com a ajuda de parceiros chineses, como a startup Momenta e a gigante multissetorial Huawei Technologies. Como observado anteriormente, após o colapso do acordo com a Honda, a empresa taiwanesa Foxconn, considerada a maior fabricante contratada de dispositivos Apple, demonstrou interesse em colaborar com a Nissan.
