No segundo semestre deste ano, a participação da receita da LG Electronics proveniente do segmento automotivo deverá responder por 14% do fluxo de caixa total da fabricante sul-coreana. Até ao final da década, segundo o CEO William Cho, as soluções de infraestruturas de transporte irão gerar até 17 mil milhões de dólares em receitas, o que corresponde a uma quota de 20%.
Previsões semelhantes foram feitas pelo chefe nomeado da LG Electronics em uma entrevista recente à Bloomberg. No segmento “mobilidade”, como explica o CEO da empresa, deverá tornar-se um dos principais players. O fabricante coreano pretende se concentrar na produção dos produtos que sabe fazer bem. A LG Electronics não pretende produzir carros elétricos diretamente, mas está aberta à cooperação com fabricantes de automóveis existentes e futuros. Este comentário também se aplica aos rumores que se espalharam sobre a disponibilidade da LG Electronics em participar na produção de veículos eléctricos da marca Apple, embora a administração da empresa não esteja preparada para discutir directamente tal interacção entre as empresas na esfera pública.
Em julho, a LG Electronics publicou um plano estratégico segundo o qual pretende gastar cerca de 37 mil milhões de dólares no desenvolvimento de novas atividades. Nessa altura, o setor automóvel deverá tornar-se um dos que mais cresce em termos de receitas. Na verdade, a empresa já é um grande player no mercado de componentes automotivos, com pedidos no valor de cerca de US$ 80 bilhões, parte desse valor será recebida para o fornecimento de usinas para veículos elétricos. A maioria dos fabricantes na América do Norte e na Europa adquirem seus produtos da LG Electronics.
A joint venture com a montadora contratada Magna permite que a LG participe no desenvolvimento de sistemas de software e hardware profundamente integrados para veículos. Além dos sistemas de infoentretenimento, a LG Electronics está envolvida na criação de sistemas ativos de assistência ao condutor.
No setor da eletrónica de consumo, a LG Electronics enfrenta uma concorrência crescente dos fabricantes chineses, mas espera manter a sua posição tanto nas gamas de preços topo de gama como de gama básica, bem como gerar receitas a partir de serviços relacionados com eletrodomésticos. A empresa visa a liderança constante, como resumiu seu líder. A empresa não pretende transferir precipitadamente a produção para fora da China, mas é forçada a acompanhar de perto a evolução da situação geopolítica.