A NASA anunciou que a autoridade reguladora da Força Aérea dos EUA atribuiu ao projeto de uma aeronave experimental com asas ultrafinas e longas o identificador X-66A. Isso significa que o projeto será incorporado em um demonstrador de aeronave voadora completo. A Boeing fabricará diretamente a aeronave, para a qual a aeronave McDonnell Douglas MD-90 será modificada.
Os EUA estabeleceram a meta de se tornarem neutros em carbono até 2050. Sem a descarbonização da aviação, esse objetivo será difícil de alcançar. Uma das direções nesse caminho será o desenvolvimento de um burro de carga – uma aeronave de médio curso com consumo reduzido de combustível. Supõe-se que a transição para asas finas e extralongas com hélices (Transonic Truss-Braced Wing) reduzirá o consumo de combustível em até 30%.
Como modelo experimental, a Boeing pegará uma aeronave McDonnell Douglas MD-90 convencional de médio curso, encurtará a fuselagem, instalará novas asas com suportes de treliça e novos motores. Para fazer isso, no inverno, a Boeing assinou um contrato com a NASA no valor de US $ 425 milhões por 7 anos. No total, a implementação do projeto demandará aproximadamente US$ 725 milhões, sendo que a parte que falta será investida pela Boeing com recursos próprios e de parceiros.
A aeronave X-66A será o primeiro projeto na história dos EUA criado especificamente para atingir metas climáticas na aviação, embora não seja o único e várias empresas já estejam trabalhando em questões semelhantes.