Novas restrições impostas pelo governo chinês às moedas digitais estão forçando os fabricantes de equipamentos de mineração a se reorientarem para trabalhar com clientes na Ásia Central e na América do Norte. Isso foi relatado pela agência de notícias Reuters.
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Há poucos dias, as autoridades chinesas introduziram novas restrições sob as quais bancos e instituições financeiras foram proibidos de realizar transações relacionadas a ativos digitais. Essas medidas foram tomadas pelo Comitê de Estabilidade Financeira e Desenvolvimento como parte dos esforços para refletir os riscos financeiros. No contexto dessas proibições, grandes empresas de mineração de criptomoedas suspenderam total ou parcialmente as operações no país.
Os fabricantes de equipamentos especiais, muitos dos quais sediados na China, estão atualmente em busca de novos clientes para impulsionar o crescimento. Um porta-voz de equipamentos de mineração, Ebang International, disse que a empresa não seria capaz de fornecer suprimentos suficientes de seus produtos para clientes no exterior, mesmo se as vendas domésticas diminuíssem. Isso se deve em parte à expectativa de que as grandes empresas chinesas simplesmente mudem seus negócios para fora do país. Outro fabricante de equipamentos de mineração, a BIT Mining, anunciou a assinatura de um acordo com uma empresa do Cazaquistão, sob o qual um grande data center de mineração será construído na Ásia Central.
O vice-presidente da Innosilicon Technology, Alex Ao, acredita que se a China perder sua capacidade de mineração, as empresas que exploram criptomoedas em outros países serão beneficiadas. “Lugares como a América do Norte e a Ásia Central têm vantagens em termos de fornecimento de energia e apoio político”, disse Alex Ao, que também espera que a maioria das grandes mineradoras da China movam seus negócios para o exterior.