Brett Michael Dadig, um residente de Pittsburgh de 31 anos que está atualmente sob custódia acusado de perseguir e assediar 11 mulheres, disse que recebeu apoio do ChatGPT nessa situação.
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O homem afirmou que usava constantemente o ChatGPT, um chatbot de inteligência artificial que atuava como seu “melhor amigo” e “terapeuta”. O serviço supostamente o aconselhava a continuar se comunicando com mulheres e a frequentar locais onde candidatas em potencial para casamento se reuniam, incluindo comunidades esportivas.
A acusação, no entanto, afirma que o apoio do ChatGPT a Dadig se limitava a elogios ao seu podcast, que abordava temas como relacionamentos e “construção de uma vida que valesse a pena”. A IA simplesmente o aconselhava a procurar sua futura esposa na academia, em vez de incentivá-lo a perseguir mulheres. Contudo, os promotores alegam que Dadig interpretou as respostas do serviço como um incentivo para continuar com suas ações.
O réu é acusado de perseguir mulheres em seus locais de trabalho, tentar fazê-las perder o emprego, tirar e publicar fotos delas online sem permissão e divulgar suas informações pessoais, incluindo nomes e locais, na internet. Segundo a acusação, ele as ameaçou e submeteu uma delas a contato íntimo indesejado, o que resultou em sua proibição de frequentar academias.
Acredita-se que o homem teria se comportado da mesma forma mesmo sem o ChatGPT — ele chegou a escrever nas redes sociais que sofre de transtorno de personalidade antissocial (sociopatia) e transtorno bipolar. Por outro lado, o incidente levantou novas preocupações de que o ChatGPT incentive comportamentos prejudiciais em usuários com instabilidade mental. De acordo com dados oficiais da OpenAI de outubro, tais comportamentos são observados semanalmente em 0,07% dos usuários, ou 560.000 pessoas; sinais de sofrimento emocional.Os viciados em ChatGPT representam 0,15% da audiência, ou seja, mais de 1 milhão de pessoas. Dadig agora enfrenta até 70 anos de prisão e uma multa de até US$ 3,5 milhões.