O CEO da Microsoft, Satya Nadella, expressou dúvidas de que a inteligência artificial geral (IAG) deva ser o objetivo principal do desenvolvimento da IA. Em vez disso, ele propôs focar na criação de “aprimoradores cognitivos” — sistemas que aumentam as capacidades humanas em vez de substituí-las.

A OpenAI apresentou anteriormente o modelo GPT-5 com melhorias em inferência, qualidade do código e experiência do usuário. Apesar das expectativas de que isso representaria um passo definitivo rumo à IAG, relatos de falhas e erros no modelo surgiram posteriormente. À medida que se aprofundavam no cenário da IA, tanto a OpenAI quanto a Microsoft gradualmente mudaram seu foco, indicando que a IAG não é mais vista como o objetivo final.

Em uma entrevista com Dwarkesh Patel e Dylan Patel, fundador da SemiAnalysis, Nadella enfatizou que prioriza a utilidade prática da tecnologia em detrimento da criação de um único modelo superpoderoso. Segundo ele, o principal desafio continua sendo o desenvolvimento de múltiplos modelos e ecossistemas, em vez de depender de uma única IA de propósito geral. Nadella citou a definição de IA proposta pelo cientista Raj Reddy, segundo a qual “a inteligência artificial deve atuar como um anjo da guarda ou como um aprimorador cognitivo”. Nadella considerou essa abordagem simples e profundamente centrada no ser humano, reconhecendo o potencial da tecnologia.

Ao mesmo tempo, ele observou que a compreensão tradicional de IAG (Inteligência Artificial Geral) implica um sistema que supera os humanos em tarefas cognitivas. Em um cenário hipotético onde um único laboratório cria um modelo desse tipo e o implementa globalmente, o sistema poderia eventualmente assumir todos os empregos.Questionado se um modelo desse tipo permitiria à Microsoft capturar todos os lucros, Nadella respondeu: “Se houver um modelo dominante implantado em todos os lugares, consumindo todos os dados e aprendendo continuamente, então sim — é o fim do jogo.”

O CEO da Microsoft explicou que as empresas que criam os modelos subjacentes e as empresas que constroem a infraestrutura ao redor deles precisam trabalhar juntas porque os criadores de modelos podem enfrentar o risco da “maldição do vencedor”. Ou seja, você pode fazer todo o trabalho árduo e alcançar uma inovação incrível, mas o produto estará sempre a um passo de ser copiado ou compilado.

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