O Wireless Power Consortium (WPC), organização responsável pelo desenvolvimento do padrão de carregamento sem fio Qi2, refutou a alegação da Nothing de que adicionar ímãs Qi2 aos smartphones poderia custar à fabricante US$ 10 milhões, relata o 9to5Google. A Nothing havia estimado anteriormente o custo de implementação exatamente nesse valor, explicando que as configurações magnéticas ideais compatíveis com os carregadores da Apple são patenteadas e restritas.

Fonte da imagem: Samsung
O WPC afirmou que a Nothing, por não ser membro do consórcio, pode não “compreender completamente a situação”. Segundo a organização, se a Nothing se juntasse ao WPC, teria acesso a especificações e termos de licenciamento favoráveis sob o princípio RAND (termos justos e não discriminatórios). O fato de empresas como Google, HMD e Samsung já utilizarem ímãs em seus smartphones e acessórios demonstra a acessibilidade da tecnologia. Os custos reais para os fabricantes estão relacionados à adesão ao consórcio, que custa US$ 30.000 por ano, incluindo uma taxa de ecossistema de US$ 10.000.
Especialistas especulam que o anúncio da Nothing pode estar relacionado a um objetivo mais ambicioso: garantir não apenas a compatibilidade com o Qi2, mas também a funcionalidade completa com carregadores MagSafe para iPhone. Embora tal objetivo exija investimentos adicionais, em 2025, com o desenvolvimento ativo do ecossistema de acessórios específico para o Qi2, ele parece menos necessário. Como o Pixel 10, que possui ímãs Qi2, demonstrou, os smartphones Android podem usar esse padrão com sucesso sem gastar milhões de dólares.
