Muitos especialistas concordam que a salvação dos negócios de fabricação da Intel depende em grande parte do surgimento de grandes clientes terceirizados, mas a administração da Qualcomm diz que ainda não está pronta para usar os serviços da Intel, embora possa considerar essa possibilidade.

Fonte da imagem: Qualcomm Technologies
Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, deixou claro que a capacidade de fabricação da Intel ainda não é satisfatória para a empresa: “A Intel não é uma opção hoje. Gostaríamos que a Intel fosse uma opção.” Em vez disso, a Qualcomm usará seus atuais fabricantes contratados, TSMC e Samsung, por enquanto. A empresa também já havia contratado seus chips para a chinesa SMIC, mas razões políticas dificultaram essa cooperação nos últimos anos.
A Qualcomm também está passando por uma transformação nos negócios, mas está fazendo um trabalho melhor do que a Intel. Na tentativa de reduzir sua dependência do estagnado mercado de smartphones, a Qualcomm está impulsionando cada vez mais suas soluções nas áreas de eletrônica automotiva, robótica e Internet das Coisas. Até 2029, essas áreas gerarão até US$ 22 bilhões em receita. Ontem, soube-se que a Qualcomm participou da criação da base de componentes para os sistemas de bordo do mais recente crossover BMW iX3. A Qualcomm se orgulha especialmente da alta relação custo-benefício dessas soluções com alta velocidade, o que é importante no caso de carros elétricos. A empresa, de acordo com Amon, desenvolve todos os seus chips partindo do princípio de que eles serão alimentados por uma bateria, e não por uma tomada.
