Ultimamente, tem se tornado comum falar sobre os problemas de vendas da Tesla, mas, na realidade, outro grande player do mercado, a chinesa BYD, não está indo tão bem. A empresa decidiu tacitamente reduzir sua meta de vendas para o ano corrente de 5,5 para 4,6 milhões de carros, incluindo veículos híbridos e elétricos.

Fonte da imagem: BYD
Embora o novo patamar seja inferior ao esperado pelos analistas, em comparação com o resultado do ano anterior, ainda representará um aumento de 7%, mas este será o menor valor desde 2020. Nos primeiros oito meses deste ano, a BYD cumpriu o plano de vendas anterior em apenas 52% e, para vender 5,5 milhões de unidades até o final do ano, precisa vender 660.000 carros por mês no período restante até o final do ano. De janeiro a agosto, o volume de vendas cresceu 23% em relação ao ano anterior. Vale ressaltar que, no primeiro semestre do ano, 36,5% do volume de vendas da BYD foram produtos para exportação. Para uma montadora chinesa, este é um número bastante alto.
Os modelos de massa com preço abaixo de US$ 21.000, que formam a base das vendas da BYD, tiveram uma queda de 9,6% em julho, em relação ao ano anterior. Ao mesmo tempo, a concorrente Geely conseguiu aumentar as vendas nessa faixa de preço em 90%. A empresa também aumentou sua meta anual de vendas de 2,71 milhões para 3 milhões de veículos, sugerindo que nem todas as montadoras na China estão com dificuldades para vender seus produtos. No caso da BYD, sua produção de veículos elétricos e híbridos caiu pelo segundo mês consecutivo em agosto, um declínio não visto desde 2020.
