Desde o ano passado, a China vem testando um sistema de atribuição de identificadores únicos a todos os usuários da internet, o que os despersonalizou formalmente e permitiu a proteção de dados pessoais contra vazamentos. O sistema foi colocado em operação recentemente. No entanto, os usuários da internet na China ainda não podem contar com o anonimato, pois, desde 2017, é necessário fornecer documentos pessoais para se cadastrar em diversos recursos de informação.

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Desde o ano passado, como parte de um experimento, usuários chineses de redes sociais e outros recursos que permitem a publicação de informações têm usado um aplicativo especial que lhes atribui um número de identificação virtual composto por uma combinação arbitrária de símbolos e números. Ele pode ser usado para acessar diversos sites sem que estes vejam o nome real do usuário. Isso reduziu em 89% a quantidade de dados pessoais processados pelos sites e reduziu o risco de vazamento.
Formalmente, o uso deste sistema de identificação de usuários permanece voluntário tanto para os próprios cidadãos chineses quanto para as empresas que lhes prestam serviços. No entanto, desde 2017, o registro anônimo na maioria das plataformas de informação foi efetivamente proibido no país, e documentos pessoais são obrigatórios na assinatura de contratos de prestação de serviços de comunicação desde 2010. Os opositores dessa iniciativa argumentam que identificadores unificados e impessoais facilitam o monitoramento do comportamento dos usuários online. Dezenas de aplicativos populares na China, incluindo WeChat, Taobao, Tmall e Douyin (TikTok), já suportam o novo sistema de identificação de usuários. Sua aplicação foi consagrada em lei em maio deste ano.
