A Anthropic, criadora do modelo de IA Claude, lançou o programa Economic Futures para estudar o impacto da inteligência artificial na economia e no mercado de trabalho. A iniciativa ajudará não apenas a avaliar riscos potenciais, incluindo o aumento do desemprego, mas também a desenvolver medidas de adaptação às mudanças futuras.

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A criação do programa está relacionada às crescentes preocupações com a substituição em massa de trabalhadores por sistemas automatizados. Anteriormente, o CEO da Anthropic, Dario Amodei, alertou que, nos próximos 1 a 5 anos, a IA poderia destruir até metade dos empregos no setor de escritórios – especialmente para especialistas de nível básico – e a taxa de desemprego poderia chegar a 20%. Diante dessa situação, a empresa decidiu não se limitar a previsões, mas sim se concentrar na coleta de dados reais, escreve o TechCrunch.
Como observou Sarah Heck, representante da empresa, a principal tarefa é entender quais mudanças realmente ocorrerão. Segundo ela, o programa não parte de conclusões pré-determinadas. Por exemplo, se houver um aumento no desemprego, os especialistas discutirão medidas para mitigá-lo, mas se a IA aumentar significativamente o PIB, será necessário determinar como usar esse crescimento em benefício da sociedade.
O programa se concentrará em três áreas: financiamento de pesquisas, criação de fóruns para discussão de decisões políticas e coleta de dados sobre o impacto da IA na economia. A empresa já começou a aceitar inscrições para bolsas de até US$ 50.000 para cientistas que estudam o impacto da IA na produtividade e no emprego.
No início de fevereiro, a Anthropic lançou o Índice Econômico, um banco de dados aberto para analisar o impacto da IA a longo prazo. Ao contrário de muitos de seus concorrentes, que mantêm essas informações privadas, a pesquisa contida no Índice Econômico é totalmente acessível.
Vale ressaltar que a Anthropic não é a única empresa de tecnologia a começar a explorar ativamente os impactos sociais e econômicos da IA. A OpenAI já apresentou seu programa, com foco no avanço da IA na educação e na criação de zonas econômicas especiais. No entanto, essa iniciativa não aborda diretamente o problema da perda de empregos devido à automação.
