Os Emirados Árabes Unidos (EAU) pretendem introduzir inteligência artificial no currículo escolar e pré-escolar já em 2025, tornando-se um dos primeiros países da região a começar a ensinar crianças a trabalhar com IA desde cedo. O governo também está investindo pesadamente em infraestrutura de IA, esperando que novas gerações de especialistas fortaleçam a posição do país no cenário global.
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A partir do ano letivo de 2025-2026, as escolas públicas nos Emirados Árabes Unidos oferecerão cursos sobre inteligência artificial para todas as idades, do jardim de infância ao ensino médio. Conforme relata a Bloomberg, o programa inclui aspectos técnicos e aplicações práticas da tecnologia. Os Emirados se juntarão assim a um número crescente de países que implementam ativamente a IA no sistema educacional. Um mês antes, a China também anunciou uma iniciativa semelhante para alunos do ensino fundamental e médio.
O país já investiu bilhões de dólares em data centers para treinar modelos de IA e criou um fundo especial que pode chegar a US$ 100 bilhões nos próximos anos. O CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que os Emirados Árabes Unidos poderiam se tornar uma “área de testes regulatória” para testar tecnologias de IA e, então, definir padrões globais para seu uso.
Há também um interesse crescente no potencial tecnológico dos Emirados no cenário internacional. De acordo com relatos da mídia, os EUA estão considerando aliviar as restrições ao fornecimento de chips Nvidia para os Emirados Árabes Unidos, o que poderia acelerar significativamente o desenvolvimento da indústria local de IA e fortalecer a posição do país na região. Uma decisão pode ser tomada antes da visita do presidente Donald Trump em meados de maio, que planeja fazer uma parada nos Emirados Árabes Unidos a caminho da Arábia Saudita e do Catar.
Como parte de uma parceria estratégica mais ampla, os Emirados Árabes Unidos anunciaram anteriormente planos de investir até US$ 1,4 trilhão na próxima década em energia, semicondutores, infraestrutura de IA e manufatura nos EUA, com a IA na educação escolar como parte da estratégia mais ampla.