Em 15 de novembro de 2024, a nave de carga Tianzhou-8, entre outras coisas, entregou o módulo Star Eye à estação espacial chinesa Tiangong. Trata-se de um sistema computacional baseado em processadores chineses Loongson, que implantará duas plataformas em nuvem na estação e será utilizado para identificar objetos no sistema de sensoriamento remoto da Terra. O sistema em Loongson também será testado quanto à resistência à radiação, o que abrirá caminho para o espaço.

Imagem Fonte: Loongson

A capacidade informática no espaço está a crescer a um ritmo impressionante, à medida que é necessário processar cada vez mais informação a bordo de satélites e estações. Os computadores de bordo dos satélites estão equipados com a capacidade de realizar o processamento inicial e, por vezes, aprofundado dos dados recolhidos.

Quanto às estações, uma nova tendência tem sido equipá-las com programas de aprendizado de máquina e, no futuro, com inteligência artificial avançada, que poderá se tornar um consultor operacional para a tripulação em muitas situações. Em particular, os módulos de IA foram entregues à ISS na forma de plataformas HPE. Obviamente, algo semelhante também será implantado na estação chinesa, e os processadores Loongson se tornarão uma alternativa aceitável aos processadores Intel e AMD.

O módulo Star Eye nos processadores Loongson é organizado para identificação independente de objetos terrestres na faixa óptica e de rádio. O sistema está conectado e sendo testado. Não está especificado quais processadores Loongson foram enviados para a estação. No próximo ano ou mais tarde, a estação será ampliada com um telescópio orbital. Está sendo considerada a opção de ampliar a estação após 2026 com outro módulo científico. Aumentar o desempenho dos computadores de bordo da estação nestas condições seria útil. Agora podemos quase certamente esperar que estas sejam plataformas baseadas em processadores Loongson.

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