A Supermicro, de acordo com a UDN, perdeu um pedido do Grupo YTL da Indonésia (YTLP) para fornecer os mais recentes superaceleradores NVIDIA GB200 NVL72 para um dos maiores supercomputadores de IA do Sudeste Asiático. O pedido YTL foi inicialmente dividido entre a Supermicro e a Wiwynn (Wistron), mas agora apenas a Wiwynn cuidará do fornecimento.

No início de novembro, surgiram informações de que a NVIDIA começou a mudar a cadeia de suprimentos, redirecionando chips destinados à Supermicro para outros fornecedores. Recentemente, a Supermicro foi a terceira maior parceira da NVIDIA em termos de compras de chips. Há rumores de que a Supermicro interrompeu a expansão de duas fábricas na Malásia que teriam duplicado a sua capacidade de produção para 10.000 racks totalmente equipados por mês.

A paralisação na construção da planta impactou negativamente os planos do Grupo YTL, um grande comprador de servidores de IA da NVIDIA e um dos maiores clientes da Supermicro. A YTL pretende construir um campus de data center com uma área de mais de 660 hectares em Johor (Malásia) por US$ 4,3 bilhões e colocar lá o supercomputador de IA mais produtivo do país ou mesmo da região (300 Eflops). De acordo com a UDN, a YTL foi forçada a transferir o pedido para a taiwanesa Wywinn. Este último também opera uma fábrica de última geração na Malásia, que foi recentemente ampliada.

Os grandes problemas da Supermicro começaram em agosto, quando a Hindenburg Research acusou a empresa de vários abusos, incluindo manipulação de demonstrações financeiras. Posteriormente, o Departamento de Justiça dos EUA abriu a sua própria investigação. A Ernst&Young recusou-se a auditar a Supermicro, e a própria empresa já adiou diversas vezes a publicação das demonstrações financeiras. Tudo isso levou a uma queda acentuada no valor das ações da empresa. E agora está completamente ameaçada de sair da Nasdaq.

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