Na Austrália, 15 anos após o início do desenvolvimento da tecnologia para a produção de painéis solares flexíveis a partir da perovskita, teve início sua produção piloto. O empreendimento de US$ 4,4 milhões começou a operar no subúrbio de Clayton, em Melbourne. As células solares na fábrica são produzidas em ciclo contínuo por impressão em rolos. A tecnologia está próxima do nível comercial, mas pode levar pelo menos 5 a 10 anos antes de chegar ao mercado.
Os painéis solares flexíveis são impressos numa estrutura de 4-5 camadas num ciclo contínuo, incluindo laminação. A saída é um produto pronto para uso. A produção é capaz de produzir 14 mil células solares por dia. No entanto, ainda é um laboratório administrado por pesquisadores da CSIRO, a Agência Australiana de Pesquisa Científica.
Para comercializar a tecnologia serão importantes a escala de produção, a eficiência dos painéis e a duração do seu ciclo de vida, com os quais as perovskitas têm problemas. Em termos de eficácia, a CSIRO informou em março de 2024,
Que a eficiência dos conjuntos de fotopainel de perovskita flexível (para painéis de grande área) é de 11% e para células individuais – 15,5%. É impossível chegar ao mercado com tanta eficiência, exceto para painéis destinados a condições especiais de operação.
Cientistas australianos acreditam que mesmo a baixa eficiência é melhor do que nenhuma eficiência. Painéis solares flexíveis podem ser usados para alimentar veículos elétricos, casas móveis, edifícios, eletrônicos vestíveis e onde não é possível instalar painéis solares de silício clássicos. Os elementos flexíveis de perovskita não se destinam a substituir os painéis de silício, mas apenas a complementá-los harmoniosamente.
Toda a energia fotovoltaica flexível produzida pela usina será transferida para pesquisadores e desenvolvedores para avaliar suas capacidades e projetar produtos avançados utilizando-a. Esta ainda não é a comercialização da tecnologia, mas sim um passo mais próximo deste momento.