O cérebro humano não controla o funcionamento do coração, portanto o computador do robô também deve ser liberado dessa carga, proporcionando mais poder computacional para tarefas de IA. Para isso, pesquisadores do King’s College London (KCL) criaram um “primeiro robô do mundo” que programa suas ações sem o uso de eletricidade ou eletrônica – apenas com a ajuda de seu hardware. Exemplos semelhantes já ocorreram no passado.

Desde os tempos antigos, são conhecidas descrições de mecanismos bastante complexos – na maioria das vezes, eram brinquedos mecânicos programados para executar certos algoritmos de comportamento, às vezes complexos. Um grupo de engenheiros britânicos reproduziu agora algo semelhante em seu laboratório. Eles concluíram razoavelmente que os robôs podem ser programados para realizar certas atividades apenas através de dispositivos mecânicos, por exemplo, usando sistemas hidráulicos.

Graças a configurações simples, como válvulas ajustáveis, cujo ângulo altera a pressão no sistema, ou ajuste dos níveis de líquido em frascos de expansão, que também afetam a pressão, os robôs podem ser obrigados a realizar determinados movimentos. E se essas válvulas forem fornecidas com feedback e conectadas entre si, será possível alterar ciclicamente ou de outra forma a pressão no sistema. Como resultado, o robô começará a se mover dependendo do programa mecânico especificado.

Esses esforços dos cientistas visam resolver dois problemas. Primeiro, os componentes que controlam o movimento podem ser puramente mecânicos, o que permitirá aos robôs realizar muitas ações sem controle eletrônico. Isto pode ser útil para trabalhar em ambientes de alta radiação. Em segundo lugar, a electrónica do robô é libertada para lidar com algoritmos mais complexos, incluindo IA.

O cérebro condicionado não terá que se preocupar com o trabalho do coração condicionado. Tudo isso tem perspectivas, acreditam os desenvolvedores. Em particular, o seu design com válvulas reguladoras de pressão é adequado para o desenvolvimento de robôs leves, onde componentes mais complexos e rígidos complicariam o design.

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