Se você acredita nos rumores que se espalham ativamente, pelo menos alguns dos ativos da Intel estão se tornando um alvo atraente para aqueles que desejam comprá-los. À Qualcomm e à Broadcom, que as observavam com diferentes graus de motivação, a Bloomberg acrescenta agora a holding britânica Arm. Segundo a fonte, ele abordou a Intel com uma oferta para comprar uma das divisões da empresa, mas foi recusada.
A discussão, conforme notou uma fonte informada que preferiu manter o anonimato, foi sobre a possibilidade de a empresa britânica Arm adquirir a divisão da Intel responsável pelo desenvolvimento de processadores centrais. Arm não estava interessado na capacidade de produção da Intel, mas a experiência de criação independente de processadores poderia muito bem ser útil para expandir a cobertura do mercado. Lembremos que a Arm é desenvolvedora de arquiteturas de processadores amplamente utilizadas, mas a empresa não produz processadores por conta própria, recebendo apenas royalties pelo direito de utilização de seus desenvolvimentos por outros fornecedores de processadores.
Os esforços da Arm para preparar um acordo com a Intel, segundo fontes, foram recebidos com a recusa categórica desta última em vender a sua divisão que desenvolve processadores centrais. Notavelmente, a capitalização atual da Arm atinge US$ 156 bilhões, enquanto no caso da Intel caiu para US$ 102 bilhões. Além disso, 88% das ações da Arm, mesmo após a entrada no IPO, ainda pertencem à empresa japonesa SoftBank e, se necessário, financiar um acordo com a Intel, ela poderia recorrer à ajuda de investidores japoneses. Por sua vez, a Intel ainda tenta encontrar outras fontes de financiamento para os seus numerosos projetos. Por exemplo, a Apollo Global Management, como observado recentemente, pode fornecer até 5 mil milhões de dólares à Intel. As partes já têm experiência de cooperação no âmbito do financiamento de um projecto para modernizar e expandir a empresa da Intel na Irlanda. A joint venture que criaram irá gerir as atividades deste local de produção, a Apollo poderá reivindicar uma parte dos seus lucros.