As autoridades chinesas, com a participação de empresas com participação estatal, estão formando a sua própria constelação de satélites de comunicação de baixa órbita, duplicando funcionalmente a rede americana Starlink. Recentemente, soube-se do lançamento do primeiro lote de uma futura constelação de 15.000 satélites, que será gerenciada pela Shanghai Spacecom Satellite Technology.
Conforme notado pelo China Securities Journal, citado pela Reuters, a empresa chinesa lançou o primeiro lote de satélites em Taiyuan, onde está localizado o local de lançamento especializado. O programa de desenvolvimento da constelação de satélites está em execução desde o ano passado e deverá permitir o lançamento de aproximadamente 15.000 dispositivos de comunicações espaciais na órbita baixa da Terra. Normalmente, esses satélites estão localizados a uma distância de 300 a 2.000 km da superfície da Terra, são mais baratos que os satélites de “longo alcance” e permitem transmitir informações em altas velocidades a custos mais baixos;
A maior constelação de satélites deste tipo é propriedade da empresa americana Starlink, já existem milhares de naves espaciais, o seu número está em constante aumento. Segundo a Reuters, os cientistas chineses manifestaram repetidamente preocupações sobre a possibilidade de utilização da rede de satélites Starlink durante conflitos militares, reconhecendo o desenvolvimento deste serviço como uma ameaça à segurança nacional de vários países. O programa SSST foi concebido para preencher a lacuna entre a China e os Estados Unidos nesta área. Este ano serão lançados 108 satélites de comunicações, até ao final de 2025 serão lançados mais 648, em 2027 a rede cobrirá todo o planeta e até ao final da década o número de satélites deverá crescer para 15 mil.