Usando o exemplo da “Lei do Chip” americana, pode-se ver que o apoio governamental à indústria nacional de semicondutores não se limita a fornecer apenas subsídios não reembolsáveis, ao mesmo tempo, os requerentes também recebem empréstimos preferenciais; No Japão, as autoridades estão dispostas a agir como garantes do seu retorno se os empréstimos correspondentes forem atribuídos pelos bancos para o desenvolvimento da indústria local de semicondutores.

Fonte da imagem: Rapidus

Neste caso particular, como explica a Nikkei Asian Review, estamos a falar de um projecto do jovem consórcio Rapidus, que até 2027 vai dominar a produção contratual de chips de 2 nm para clientes terceiros na ilha de Hokkaido. De acordo com estimativas preliminares, o projecto custará aos investidores 31,8 mil milhões de dólares e, sem fundos emprestados, a sua implementação será difícil. Na verdade, o grupo de empresas e bancos japoneses que formaram o consórcio não investiu até agora mais de 47 milhões de dólares no capital de giro do Rapidus.

Para dominar a produção de chips de 2 nm até 2027, a Rapidus deve estar na fase ativa de construção de um futuro empreendimento em 2025. Nessa altura, amostras de produtos de 2 nm já terão de sair da linha de montagem da linha de produção piloto. Agora, as autoridades japonesas vão aprovar um projecto de lei no parlamento que determinaria a capacidade do governo de actuar como fiador de empréstimos que os bancos comerciais possam conceder aos fabricantes de chips para a implementação de tais projectos. A discussão do projeto de lei está prevista para começar este ano.

As autoridades japonesas já atribuíram cerca de 5,9 mil milhões de dólares para subsidiar o projecto Rapidus, mas os bancos comerciais estão hesitantes em financiar as actividades de uma empresa que não tem experiência na produção de chips. A aprovação de empréstimos nos montantes exigidos é dificultada pelas regras existentes para avaliação de riscos e solvência dos clientes. O governo japonês quer simplificar estes procedimentos e atuar como fiador do reembolso dos empréstimos nesses casos. No entanto, este projeto de lei já tem opositores no parlamento japonês, pelo que a implementação da iniciativa legislativa não promete ser fácil.

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