Muitas empresas na crise de superprodução de componentes semicondutores em determinados segmentos de mercado não escondem seus planos de reduzir custos de capital. A única exceção é a Intel, que está tentando alcançar e ultrapassar os concorrentes. Segundo a SEMI, associação do setor, o custo de aquisição de equipamentos para produção de chips no mercado como um todo este ano será reduzido em 18,6%, para US$ 87,4 bilhões.
Representantes dessa organização publicaram essa previsão na semana passada, acrescentando que a demanda se recuperará para US$ 100 bilhões no ano que vem, embora no próximo ano ainda não chegue aos US$ 107,4 bilhões registrados no final de 2022.
Segundo as previsões da SEMI, este ano o custo de compra de equipamentos para processamento de wafers de silício cairá 18,8%, para US$ 76,4 bilhões, uma queda mais acentuada do que a prevista no final do ano passado. Mas no próximo ano, os participantes do mercado gastarão US$ 87,8 bilhões em tais equipamentos, aumentando seus custos básicos em 14,8%.
Neste ano, os gastos com a compra de equipamentos para testar chips serão reduzidos em 15%, para R$ 6,4 bilhões. No segmento de montagem e embalagem de chips, os gastos cairão 20,5%, para US$ 4,6 bilhões.
Mais da metade do custo de compra de equipamentos este ano será para soluções para produção de processadores e microcontroladores (chips lógicos), bem como para fabricação por contrato – US$ 50,1 bilhões, mas mesmo aqui haverá uma queda de 6% em relação para 2022. No segmento de processos avançados, os custos de compra de equipamentos permanecerão estáveis. Haverá um leve aumento no custo dos equipamentos utilizados na produção de chips de acordo com os processos técnicos amadurecidos. Em 2024, os custos na direção da lógica e da manufatura contratada aumentarão em 3%.
Neste ano, o custo dos equipamentos para a produção dos chips de memória DRAM será reduzido em 28%, para US$ 8,8 bilhões. No próximo ano, eles podem crescer 31%, para US$ 11,6 bilhões.No segmento de memória NAND, os custos cairão 51%, para US$ 8,4 bilhões este ano, mas aumentarão 59%, para US$ 13,3 bilhões no próximo ano.
Geograficamente, China, Taiwan e Coreia do Sul continuarão sendo os maiores compradores de equipamentos de fabricação de chips neste ano e no próximo. Se este ano Taiwan conseguir chegar ao primeiro lugar, no próximo ano a China o devolverá a si mesma. Na maioria das regiões do mundo, o custo desses equipamentos diminuirá este ano, mas voltará a crescer no ano que vem, segundo representantes da SEMI.