A companhia aérea neozelandesa Air New Zealand e a australiana Qantas Airways estão tentando ativamente implementar a prática de voos sem escalas de 20 horas. Essa tarefa requer uma otimização significativa do consumo de combustível e parece que os algoritmos de inteligência artificial são indispensáveis ​​aqui.

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O planejamento de voo é realizado com a ajuda de um software que processa grandes quantidades de dados – permite traçar rotas de voo econômicas, evitando paradas não planejadas para reabastecimento. Os programas podem ajudá-lo a evitar o mau tempo, pegar um vento de cauda ou até mesmo dizer para diminuir a velocidade para queimar menos combustível. O software moderno projetado para essa finalidade é muito parecido com as plataformas de mecanismos de pesquisa – ele melhora à medida que é usado.

A Austrian Flightkeys é especializada nessa tarefa, que faz cerca de 300.000 planos de voo diariamente para clientes, incluindo American Southwest Airlines e American Airlines, além da neozelandesa Air New Zealand. O cofundador e chefe de inovação da Flightkeys, Raimund Zopp, falou sobre seu trabalho em entrevista à Bloomberg.

Segundo ele, o leigo médio não entende muito bem como são feitos os planos de voo – não basta digitar um destino para o computador calcular a rota, como em um carro. É tão difícil construir uma rota ideal que os sistemas instalados nas aeronaves não conseguem dar conta dessa tarefa. É necessário um sistema terrestre que colete grandes quantidades de dados e tente encontrar uma solução com custo mínimo. Há um grande número de restrições e parâmetros que devem ser levados em consideração, e algoritmos de aprendizado de máquina são necessários para funcionar adequadamente com eles.

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Ao planejar um voo, existem muitos graus de liberdade, mas também muitas restrições associadas aos serviços de controle de tráfego aéreo, às necessidades das estruturas militares, às condições climáticas e às peculiaridades dos regulamentos de diferentes países. Um dos principais parâmetros são as características do lado – quanto mais leve, mais alto pode subir, mas aeronaves leves voam mais devagar. O vento e a temperatura em altitude são levados em consideração: é melhor pegar o vento de popa e evitar o vento contrário, que faz com que você se desvie do caminho mais curto.

Quanto mais longa a rota, mais importante é o seu planejamento adequado, pois neste caso estamos falando do limite das capacidades da aeronave. Por um lado, é necessário reduzir as reservas de combustível para reduzir o peso, por outro lado, deve haver combustível suficiente para um voo sem escalas. O fator financeiro também é importante: cada hora de voo custa um certo valor para a manutenção da aeronave, a tripulação também pode receber o pagamento por hora, então quanto mais rápido a aeronave voa, mais barato fica. E os atrasos nos voos podem se transformar em um verdadeiro desastre.

Finalmente, a Flightkeys chama seu sistema de planejamento de cinco dimensões: além do comprimento, largura, altura e tempo, é preciso levar em conta a dimensão probabilística. O parâmetro mais impreciso na fase de planejamento é o horário de partida real, que é de importância crítica. Porém, após a partida, é possível ajustar parâmetros individuais adicionalmente, pois neste momento todos os fatores são conhecidos com muito mais precisão.

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