Modelos de computador desenvolvidos em colaboração entre cientistas da Espanha e dos Estados Unidos ajudaram a estabelecer uma nova forma de formação de partículas especiais de enxofre, provavelmente responsáveis pela absorção da luz ultravioleta pela atmosfera de Vênus.
Segundo os cientistas, a destruição do dióxido de enxofre SO2 por ultravioleta, que está em excesso na atmosfera venusiana, leva à formação não apenas de enxofre atômico comum, mas também de variantes alotrópicas, incluindo S2, S4 e, finalmente, S8, que ativamente absorver ultravioleta. Até recentemente, era um mistério como exatamente esse processo é iniciado.
Normalmente, a formação de S2 é realizada devido à combinação de dois átomos de enxofre, após o que o par S2 se transforma em S4 e seu par em S8. Segundo os cientistas, a estrutura do anel S8 é a mais resistente à destruição pela luz ultravioleta, mas o processo de formação de S2, como se viu, pode ser realizado não apenas devido à combinação direta de dois átomos de enxofre, mas também como um resultado de uma reação muito mais rápida de SO e S2O, que, por sua vez, são liberados como resultado da destruição do SO2 pela radiação ultravioleta.
Pela primeira vez, a química computacional está sendo usada para avaliar quais tipos de reações são mais importantes, em vez de estudos de laboratório, dizem os cientistas. Esta é uma maneira extremamente prática de estudar a atmosfera de Vênus. Além disso, experimentos reais de laboratório com elementos como enxofre, cloro e oxigênio presentes na atmosfera venusiana podem simplesmente não ser seguros.
A “química do enxofre” desempenha um papel dominante na atmosfera de Vênus e é provavelmente a chave para a formação do misterioso absorvedor de ultravioleta, relatam os pesquisadores. Além disso, métodos computacionais semelhantes podem ser usados para entender outros processos químicos na atmosfera do planeta.