No início da década de 1990, o Japão controlava mais da metade do mercado global de semicondutores, mas o conflito comercial com os Estados Unidos limitou severamente sua esfera de influência. As dificuldades econômicas agravaram a situação na indústria de semicondutores e agora, para recuperar o atraso, terá que encontrar 35.000 engenheiros nos próximos dez anos.
Estimativas semelhantes são fornecidas pelo Financial Times, que se refere a uma carta de representantes da indústria japonesa de semicondutores ao Ministério da Economia, Comércio e Indústria local, enviada no mês passado. A associação da indústria prevê que os oito maiores fabricantes de semicondutores do Japão precisarão contratar cerca de 35.000 trabalhadores nos próximos dez anos para tornar economicamente viável o investimento maciço do país na indústria de semicondutores do país. A segunda metade desta década será decisiva, segundo participantes do mercado, para toda a indústria japonesa de semicondutores, pois proporcionará a maior chance de recuperar o terreno perdido no mercado global.
A escassez de pessoal complica o alcance da meta estabelecida. Entre 2010 e 2021, o número de profissionais de eletrônica com idades entre 25 e 44 anos no Japão caiu de 380.000 para 240.000, com base em estatísticas oficiais. A crise financeira de 2008 atingiu duramente a economia japonesa, fazendo com que muitos profissionais experientes deixassem a indústria de semicondutores. Os atuais alunos de especialidades especializadas preferem trabalhar na área de desenvolvimento de software ou em finanças em geral após a graduação nas universidades. Grandes corporações como Sony e Toshiba estão dispostas a financiar não apenas trabalhos de pesquisa, mas também a formação de especialistas especializados pelas instituições acadêmicas do país, mas a formação de pessoal qualificado leva tempo. As empresas estão à procura do melhor pessoal em todo o mundo,