A carta da “riqueza nacional” do Reino Unido foi ativamente jogada no estágio de discussão do acordo da NVIDIA para comprar a Arm, que acabou não ocorrendo. Agora, as autoridades britânicas estão fascinadas por outro problema – elas gostariam de ver as ações da Arm não apenas na bolsa de valores de Nova York, mas também em Londres. O tema da segurança nacional pode ressurgir desta vez também.

Braço
Aprovada no início deste ano, a National Security and Investment Act (NSIA), conforme explicado pelo Financial Times, permite que as autoridades do Reino Unido intervenham nessas transações, cuja conclusão pode representar uma ameaça à segurança nacional. O problema é que a oferta pública de ações da Arm não é um acordo de aquisição, que é coberto por esta lei. Alguns funcionários estão inclinados para a ideia de que esta norma legislativa pode entrar em vigor se, após o IPO, algumas das empresas estrangeiras comprarem uma grande participação na Arm.
Até agora, como explica a fonte, as autoridades do Reino Unido nas negociações com o SoftBank, que agora é dono da Arm, usavam o “método cenoura”, não o “pau”. Como uma dura medida de influência sobre os investidores japoneses, essa lei não é totalmente adequada, mas fontes não oficiais dizem que o SoftBank não cancelou a ideia de colocação dupla de ações em Nova York e Londres recentemente.
De fato, até 2016, as ações da Arm eram listadas em uma base dupla: a Bolsa de Valores de Londres continuava sendo o principal pregão, enquanto os recibos de depósito eram negociados na Bolsa de Valores de Nova York. Agora, o SoftBank espera levantar pelo menos US$ 50 bilhões no IPO da Arm, e o mercado americano abre mais oportunidades nesse sentido. O fundo de empreendimento japonês Vision Fund encerrou o trimestre com uma perda recorde de US$ 26 bilhões, à medida que seus ativos despencaram de valor. Acontece que o SoftBank precisa de dinheiro e, portanto, a colocação de ações da Arm em Nova York é um cenário prioritário para a empresa.
