O presidente da empresa israelense NSO Group, cujo software foi amplamente usado em todo o mundo para espionar ativistas de direitos humanos, jornalistas e políticos, renunciou depois que surgiu que spyware também era usado para controlar as atividades de cidadãos israelenses.

Fonte: u_lxme1rwy/pixabay.com

Embora o próprio Asher Levi afirme que sua renúncia foi planejada vários meses antes da notícia escandalosa, é provável que tenha sido o clamor público causado pela publicação na popular publicação de negócios israelense Calcalist que o forçou a sair. O spyware Pegasus, amplamente conhecido em certos círculos, tem sido usado para espionar israelenses desde 2013, de acordo com relatos da mídia.

Calcalist disse que o software foi usado pela polícia para “monitorar” líderes de grupos de protesto locais e outros ativistas, embora oficiais da polícia israelense digam que a vigilância foi realizada estritamente dentro da lei. Segundo alguns relatos, o procurador-geral israelense já anunciou uma investigação sobre o assunto.

A atenção com que a notícia foi recebida em Israel indica indiretamente que a vigilância de seus próprios cidadãos é considerada uma ofensa mais grave do que as operações anteriores realizadas no ciberespaço com o apoio do spyware da NSO. O software Pegasus já foi usado para espionar cidadãos de todo o mundo, de jornalistas a possivelmente chefes de estado.

Segundo alguns relatos, após o surgimento de informações sobre o uso global desse spyware, as autoridades israelenses criaram um grupo especial para lidar com as consequências do escândalo e as interações diplomáticas com os países afetados. Mais recentemente, a pressão sobre o NSO disparou depois que as autoridades americanas se interessaram pelas atividades da organização, e o Departamento de Comércio colocou a organização na lista negra, proibindo empresas americanas de fornecer bens ou serviços ao NSO.

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