Representantes da TSMC em um evento trimestral se recusaram a discutir o custo de construção de uma empresa no Japão, que até 2024 estabelecerá a produção de produtos de 22 nm e 28 nm. As autoridades japonesas anunciaram que a empresa receberá subsídios plurianuais, prática que será consagrada na legislação para estimular o desenvolvimento da indústria local.

Fonte da imagem: Nikkei Asian Review

O Nikkei Asian Review relata que o Ministro da Economia, Comércio e Indústria Koichi Hagiuda, em uma conferência de imprensa na sexta-feira, anunciou que as autoridades japonesas estão prontas para incluir vários bilhões de dólares no projeto de orçamento revisado para o ano fiscal de 2021 para apoiar iniciativas desse tipo. O projeto de orçamento será aprovado após as eleições, que serão realizadas no dia 31 de outubro. De acordo com algumas estimativas, as autoridades do país estão prontas para subsidiar até metade dos custos de construção da planta da TSMC. Representantes deste último não têm pressa em citar o valor das despesas, uma vez que ainda não foi aprovado em reunião do conselho de administração, mas fontes extraoficiais mencionam um orçamento de pelo menos US $ 8,8 bilhões.

Os legisladores japoneses vão formar um arcabouço legal adequado que permitirá atrair ao país empresas estrangeiras para organizar a produção local. As normas legislativas definirão as condições, cujo cumprimento permitirá que investidores estrangeiros se qualifiquem para receber subsídios do governo. Em particular, as empresas que organizam a produção no país terão que dar prioridade ao abastecimento dos produtos ao mercado interno. Aqueles que no final das contas não puderem cumprir tais condições serão forçados a pagar uma penalidade.

Essa prática, segundo especialistas, pode entrar em conflito com as regras da OMC. Os subsídios governamentais, na opinião desta organização, não devem criar condições desiguais de competição para os participantes do mercado mundial. No entanto, o esquema de subsídios proposto pelas autoridades japonesas cai na zona “fronteira” do ponto de vista do direito internacional e, como resultado, pode ser acordado com a OMC. Aliás, a direção da TSMC explicou na conferência de ontem que não vai criar joint ventures com órgãos governamentais e conta com a participação de empresas locais, e não das autoridades, na organização da produção estrangeira. Acredita-se que a empresa japonesa será construída com a participação da Sony e da Denso, embora os representantes da TSMC não tenham pressa em admitir quais dois clientes já estiveram envolvidos no projeto.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *