Muitos anos de adaptação do algoritmo de desenvolvimento de fungos viscosos para modelar as maiores estruturas universais – a chamada teia cósmica – levaram a um sucesso indiscutível. Os fungos viscosos revelaram-se tão próximos da teia cósmica no desenvolvimento das colônias que literalmente abriram os olhos dos cientistas, prometendo ajudar a compreender a evolução do Universo em todas as fases do seu desenvolvimento.

Visualização da teia cósmica. Fonte da imagem: Astrofísica

Os cientistas falaram sobre o seu trabalho na última edição da revista Astrophysics. Eles decidiram encontrar um algoritmo mais preciso para modelar a teia cósmica. A teia cósmica é tecida de matéria e matéria escura. Tem formado e desenvolvido as suas estruturas desde o início do Universo e continua a fazê-lo agora. Suas partes mais maduras são fios de matéria escura, geralmente matéria, galáxias e aglomerados de galáxias, conectando nós de aglomerados gigantes de galáxias, matéria e matéria escura. Os fios e nós são cercados por enormes vazios – vazios onde a matéria comum e a escura estão praticamente ausentes.

Um grupo de cientistas do Instituto de Astrofísica que leva seu nome. Max Planck notou que o crescimento de um organismo vivo como o fungo viscoso se assemelha muito à estrutura da teia cósmica. É uma colônia complexa de bactérias que se comporta como um fungo ou mofo. Alimenta-se, cria estrutura e cresce, essencialmente evoluindo. Os cientistas adaptaram um algoritmo de crescimento de fungos viscosos para modelar a evolução da teia cósmica e ficaram surpresos com a precisão com que ele reproduziu os resultados observacionais. A precisão acabou sendo muito maior do que no caso dos métodos convencionais de modelagem em física para este caso.

Uma das subespécies do bolor limoso. Fonte da imagem: Wikipédia

Já tendo em conta os novos modelos, foi possível concluir que no passado a evolução das galáxias dependia mais da proximidade de grandes formações do Universo – as galáxias cresciam mais activamente. No Universo próximo ou em intervalos recentes na escala de tempo, tudo aconteceu exatamente ao contrário: quanto mais próximas as grandes estruturas estavam das galáxias em crescimento, mais lentamente estas cresciam.

Uma nova ferramenta baseada em um algoritmo de crescimento de colônias de fungos viscosos promete estudar com maior precisão as etapas da evolução do Universo e da teia cósmica nele contida, contando com medições precisas da quantidade de gás e poeira no espaço que o moldes viscosos dos fios da teia cósmica poderiam se alimentar.

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